O site britânico da BBC faz ótimas críticas para a nova coletânea de Britney Spears

Pode parecer um pouco estranho que esta nova coletânea tem poucas faixas a mais do que a coletânea de sucessos de 2004, Greatest Hits: My Prerogative. Mas, apesar disso, esta combinação ainda representa o melhor disco sem dúvida alguma da maior artista pop da década, com mais sucessos (e vendas mais altas ainda) do que qualquer outra coletânea de sucessos. Diretamente, este é o álbum que define Britney.

Afinal, quem precisa de um álbum de inéditas – com três ou quatro grandes canções acolchoadas por outras que servem para preencher. Elas estão lá porque é um padrão que a indústria exigiu, embora sejam estratégias de lançamento e marketing, respectivamente, não seria nenhuma surpresa que artistas como Spears finalmente parassem de produzir longos trabalhos.

Embora sua carreira tenha entrado em declínio em meados da década – não há necessidade de citá-los – o retorno de Britney em 2007 com “Gimme More” e “Piece of Me”, e no ano seguinte com “Womanizer”, foi fenomenal. Com a cantora perdida em sua vida perene, as expectativas para o seu novo álbum eram baixas. Mas, quando “Gimme More” mostrou-se ser tão poderosa quanto os singles lançados no auge de sua carreira, como “I’m a Slave 4 U”, “Boys” e vencedor do Grammy, “Toxic”; todas as previsões positivas foram exaltadas.

Sete destas dezoito faixas são de 2007 até agora, a energia excitante de “If U Seek Amy”, “Circus”, “Radar” e sucesso instantâneo nas paradas “3”, que são considerados produtos admiráveis pelos artistas do eletrônico e vem sendo executadas nas boates mais respeitadas. Apesar de suas canções terem amadurecido liricamente, muitas vezes sem a inocência de seus primeiros sucessos e a troca de insinuações por declarações diretas, suas letras continuam soando surpreendentemente frescas. Até as Girls Aloud estavam fracas para fazer justiça à “Womanizer” quando fizeram sua versão, ao contrário da “sem vergonha” Spears que foi direta ao ponto.

O reviver de Spears nos últimos dois anos é prova de que mesmo os artistas que estejam no fundo do poço podem trazer de volta as maiores expectativas. Afinal, quando você é visto como uma pessoa que não ter nada a perder, nada como um grande trabalho para deixar uma boa impressão. E estas canções não apenas marcaram, mas ficaram na memória – são peças essenciais dos últimos dez anos da história do pop, e merecem mais do que lamentações dos chamados ouvintes mais exigentes.

BBC